Hay encontrado mi norte
Hay sido la fúria del tango.
... in silence
Preciso de um diagnóstico de vida. Um programa que analise e hierarquize o que preciso de solucionar. Sinto-me num remoinho de soluções. Tento encontrar a resposta para tudo ao mesmo tempo e o resultado é um desastre. Nada se resolve. Preciso de me organizar e aos poucos ir resolvendo uma coisa de cada vez.
Gota a gota, a chuva corre pela janela. Está um temporal intenso lá fora. E por momentos eu até gosto de dias assim. Quando estou a espreitar do lado certo da janela.
Há dias em que gosto de sentir a chuva. Há dias em que a cara molhada me faz sentir viva. Há dias em que o arco-íris aparece só para mim. Há dias em que só me apetece chapinar na água que nem uma criança. Não se deve deixar morrer a criança que fomos. Há dias em que nunca deixei de o ser.
Um dia acorda-se e tudo está diferente. O problema de resolver determinados problemas é ficar sem objectivos. Não há mais metas a atingir. Perde-se o desafio. Perde-se alguma motivação. Mesmo que já há muito tempo que o problema não fosse levar a absolutamente lado nenhum.
Estava com as palavras presas cá dentro. Adoro manter-me no meu canto escondida. E se me descobrirem não digam nada. Apareçam assim à socapa e sem deixar rasto. Eu prometo que não vos vou procurar.
Conhecem-se. Criam-se expectativas. Reconhecem-se em cada canto e em cada olhar. Reconhecem-se no escuro e de olhos fechados. E depois vem a desilusão. Ninguém é perfeito. Nem eu o quero ser. E no final só temos duas opções. Admitir que erramos e seguir em frente. Ou fechar os olhos e fingir que tudo não passou dum equívoco que nunca chegou a acontecer.
Homens bonzinhos há aí aos pontapés.
Gosto muito de ti. Gosto.
Fazemos as nossas próprias escolhas. Traçamos os nossos próprios destinos. E quando seguimos a nossa intuição, estaremos a ser nós próprios ou seguir um destino?
É como se tivesse de tomar conta de ti. Como se fosses uma criança a qual não posso deixar cair nem posso deixar que se magoe. E isso dá-me prazer. Tomar conta de ti. E é uma pena que não o saibas nem o sintas.