Zen

... in silence

quarta-feira, setembro 14, 2011

Be happy

Don't take second choices. You deserve to have what you want !

domingo, fevereiro 21, 2010

A juntar ao excesso de trabalho e ao curso, que tal juntar-lhe uma formação?

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Avô U

2 anos. No dia de Natal faz 2 anos que o meu avô morreu. Morreu às 10h da manhã sozinho, no hospital. Morreu num dos dias em que era mais feliz. Na minha família a tradição é passar a noite de 25 todos juntos. Neste dia , avós, filhos e netos jantavam juntos a celebravam o Natal. E continuamos a jantar juntos. Já nem todos os filhos vão mas tentamos estar todos os netos. E a avó. Ainda tenho o número do meu avô no telemóvel. É a minha avó que o usa agora, mas mantenho no nome dele. Por vezes esqueço-me que já cá não está. E lembro-me de lhe ligar como muitas vezes o fazia para identificar algumas espécies de árvores e arbustos. Traz uma folha. Era sempre o que ouvia. Muito ao estilo british, usava um lenço no pescoço e uma boina na cabeça. A proteger a careca e a meia dúzia de cabelos. Nunca se atrasava, contrariamente à sua única neta. E 5 minutos depois da hora marcada já não o encontravam.
Não fui ao Brasil para ficar com ele. E ter a certeza que estava por cá no dia da operação. Numa das minhas visitas ao hospital, disse-me para ir embora. Dizia que não queria que acontecesse o mesmo que com o outro avô. Mas não saí enquanto não adormeceu. Preferia que morresse também nos meus braços a deixá-lo morrer sozinho. E lutou para se manter vivo. Ainda por mais uma semana. Quis visitá-lo antes de ir passar a véspera, dia 24, com a mãe. Queria dar-lhe um beijo e dizer-lhe até já, volto para o Natal aqui contigo. Mas não foi possível. E quando regressei no dia seguinte já foi tarde demais. Nesse ano não houve Natal. Não se trocaram prendas, não se ouviram risos, não houve brilho nos olhos, não houve a história do Lobo Azul. Não aguentei jantar com a família sem ele. Não queria acreditar que não o ia ver mais. O dia do funeral, foi também o dia de anos do filho mais velho, o meu pai. Nesse dia ainda jantamos juntos e demos as prendas de Natal e anos em silêncio. Lembro-me muitas vezes dele. Sinto a falta dele. Sinto falta das conversas, das histórias, das curiosidades, das lições de história, das discussões políticas e religiosas. E sobretudo dos mimos. Sempre fui a sua única neta.

terça-feira, julho 14, 2009

Avô Damasceno

O meu avô morreu em 2004.
Morreu no dia 1 de Agosto, nos meus braços.
Passei a última semana da vida dele com ele. Como passei grande parte do resto da minha vida. Mas aqueles últimos dias, ainda sem saber, vivi-os como se fossem os últimos a que tinha direito. Todos os dias à hora do jantar, fazia-lhe companhia, obrigava-o a comer mais qualquer coisinha para o ver ganhar novas forças e achava eu recuperar. Nos últimos dias melhorou. Tanto que nem parecia o mesmo. Convenci-me de que ia ficar bom e não tardava nada voltava a ser o que sempre foi. Refilão e com a última palavra a dizer. Mas não. Vim mais tarde a conhecer o conceito das "melhoras da morte". E foi um choque ainda maior.
Ontem foi o dia do fim. Ontem sim, pude acabar o luto. Passados quase 5 anos, finalmente o meu avô pode ter descanso. Acabaram as intrigas e as partilhas. Já está decidido quem fica com o quê. Mas a maior perda fica para nós, para mim, para o meu irmão e a minha mãe que perdemos o nosso avô e pai. Os outros que não lhe ligaram nunca, não perdem grande coisa.
Já não há a Águia de prata de asas abertas por cima da televisão, nem o Touro viril, a simbolizar o seu grande amor benfiquista e à terra que o viu nascer. Já não o vejo outra vez com o seu fatinho de manga curta azul bebé. Para o Verão. Com sapato a condizer. Ou com o fato roxo de Inverno. Igualmente com o sapato a condizer. Tinha toda uma colecção de sapatos iguais iguais cada qual de sua côr. Nem a usar a sandaleca com a bela da meia branca. Ou a unha do dedo mindinho da mão muito maior que todas as outras mas arranjadinha. Para coçar o ouvido. Já não o vejo mais com a sua marca do tempo no nariz de usar sempre o mesmo tipo de óculos, pesado. Já não o vejo a reclamar ao telefone aos insultos a todo e qualquer um que lhe ligasse a impingir seja o que fôr. Deixa saudades, muitas saudades. E deixa histórias, hilariantes.
Mas finalmente, deixam de dividir toda a memória do que construiu do nada, em mil e um pedaços cujo valor monetário apenas lhes interessa. E deixam-no em paz.

segunda-feira, junho 01, 2009

Estou..

Estou a modos que a precisar de mim. A precisar de descanso. Farto-me dos sitíos, dos momentos e das pessoas. Apetece-me ficar no meu canto. Sozinha. Ando irritada e cansada. Ando embirrenta. Ando mal disposta e sem disposição para grandes festas ou convívios. Ando perdida. Alguém sabe de mim? Não estou bem em lado nenhum. Nem em casa, nem ao ar livre, nem sozinha nem com amigos, nem contigo, nem mesmo comigo.. Ando com excesso de trabalho. E preciso de férias. Férias essas que só chegam daqui a 2 meses. E daqui até às férias não há fds que escape a mil e uma coisas para fazer. Entre aniversários, despedidas e casamentos, não sobra um. E já a começar no próximo.. Encontro-me em Agosto. Talvez..

domingo, maio 10, 2009

Dúvidas

Já não me lembro da última vez que aqui vim, já não me lembro de ter tempo para escrever ou deambular pelo mundo das palavras. Gosto de escrever, gosto da minha terapia pessoal. Ajuda-ma a pôr as coisas em perspectiva mesmo quando às vezes não escrevo de coisa nenhuma. Ultimamente, a minha vida é quase tudo trabalho. Dou por mim a falar de trabalho ou a escrever sobre o trabalho, mesmo quando não estou a trabalhar. E estou farta do mesmo assunto. Mas de facto, ultimamente pouco mais há na minha vida que isso. Ando de fugida nos encontros com amigos por obrigações laborais. Mesmo o curso que resolvi tirar se enquandra no mundo do trabalho e voltar à faculdade, não se apresenta assim tão apetecível como já o foi. Ando a trabalhar muitas horas por dia. Pouco tempo tenho para estar com os amigos, com o amor ou comigo mesma. Adicionar-lhe um curso em cima representa mais 5 horas por dia de trabalho que não é trabalho e mais umas quantas ao fds para estudar que é o único tempo livre. E pergunto-me, onde fico eu?

Há mais coisas, muitas mais, mas essas gosto de as guardar para mim no meu canto das memórias, não são para se escrever mas para se sentir. E tenho medo de deixar também de ter tempo de as sentir...

domingo, março 15, 2009

Long time..

Muito tempo passou. Muito mudou.

Estou feliz. Mesmo feliz. Encontrei o meu lugar no mundo. E ele faz-me feliz. Muito.