Zen

... in silence

quarta-feira, julho 18, 2007

Step One

Escrever ajuda. É como uma forma de terapia exploratória. Deixo que o dedos deixem transparecer o que vai cá dentro. É a minha terapia preferida. É na fase em que me encontro. Em terapia. É preciso talvez uma terapia de choque. Auto-diagnostiquei-me. Sou uma mulher à beira dum ataque de nervos. Ando em constante síndrome de ansiedade e nervosismo. Sem motivo aparente. E com todos os motivos do mundo. Ao stress do trabalho junta-se a ausência de férias. E ataques de pânico devido a nada já não são de estranhar. Perdi-me algures no meio desta odisseia. Transformei-me em algo que não gosto e não me consigo encontrar no meio dos fios cruzados do meu sistema nervoso. Perdi-me a mim. Por completo. E olhando para trás, lembro-me de achar que me tinha perdido. Nem por sombras. Podia estar num jogo das escondidas mas sabia que estava ali. Não. Perdi-me mesmo. Não sinto eu. Preciso de mudar. E morro de inveja. Tenho uma amiga que partiu por 4 anos para outro país. O que eu não dava para poder ir no lugar dela. Começar de novo. Nunca é um começar de novo. Mas é o que mais se assemelha. No fundo não deixo de ser influenciada por aquilo que fui e por aquilo que fiz. Há erros que não quero voltar a cometer. Há princípios que mantenho. E no início do fim tenho de ser eu outra vez.

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